O exercício consistiu em, depois de visto este excerto do comentário, do passado Domingo, de Miguel Sousa Tavares - colocar alunos do 7.º ano, a pensarem em argumentos que eventualmente corroborassem esta perspetiva, outros que a contrariassem e que formulassem um juízo sobre o assunto.
Na
minha opinião, Miguel Sousa Tavares referiu aspetos com que concordo e outros
com os quais não concordo. Por um lado, acho que tem razão quando diz que a
“Geração Z” está mais preocupada com os computadores, pois, hoje em dia, os jovens passam muito tempo
online, sem se preocuparem com o que acontece no mundo.
Por
outro lado, não concordo com o seu comentário sobre os jovens não lerem livros
ou jornais, não saberem nada sobre História e não gostarem de música clássica,
porque ainda há muitos jovens que sabem
e gostam daquilo que referi anteriormente. Por exemplo, a minha irmã, que
está quase a fazer 18 anos, lê livros e jornais muito regularmente, é muito
interessada em História e adora música clássica, principalmente quando estuda.
Do
meu ponto de vista, os jovens não têm tanto interesse em votar, pois os partidos não fazem campanha com aspetos
que interessem a estes. Também acho que gerações mais velhas têm muito mais interesse em votar, porque viveram
em tempos de ditadura, onde estes não podiam votar e lutaram por isso.
Sara Lopes,
13 anos, nº28, 7ºC
Miguel
Sousa Tavares está correto, no sentido em que os jovens de hoje em dia devem estar mentalizados que votar é
importante e não devem fingir que isto não lhes diz respeito. O voto deveria
ser obrigatório para que os jovens pensassem melhor sobre a eleição.
Mas,
por outro lado, Miguel Sousa Tavares
exagerou no sentido em que os jovens não são ignorantes pelo facto de não se
interessarem por algumas das coisas que ele acha importantes, ou coisas que
apreciava quando era mais novo.
Eu acho que os jovens
de hoje podem ter futuro, mas com pessoas a criticarem-nos desta forma torna-se
mais difícil os jovens interessarem-se pela cultura e pela política. Se alguém
os incentivasse e acreditasse neles, poderiam ir mais longe.
Marta Azevedo,
13 anos, nº20, 7ºB
No
passado domingo (dia das eleições europeias), 68,6% dos portugueses não foram
às urnas exercerem o direito de voto. Miguel Sousa Tavares, no seu comentário
na estação televisiva TVI, disse várias frases polémicas como “as respostas
deles [jovens] iam no sentido de ‘não gosto de política, sou mais de
computadores’. Chamam-lhes a «Geração Z», mas Z de quê? De Zero?!”.
Miguel
Sousa Tavares tem razão, porque realmente devia
existir menos abstenção e a campanha devia ser feita para os jovens. Porém,
Miguel Sousa Tavares coloca a culpa toda
nos jovens e isso está errado. Ele também se esquece que nem todos os 68,6% que se abstiveram são
jovens, e quase todos os adultos que não votaram estão sempre a criticar o
Governo. E também é normal que os
jovens que viveram os ataques às Torres Gémeas e da Troika não gostem de
política e se queiram abster. A
“geração dos computadores” tem contribuído e muito para a evolução da economia
e podem não votar mas contribuem para melhorar o país de outras maneiras.
A
meu ver, Miguel Sousa Tavares tem a total razão em tudo aquilo que diz menos
quando coloca a culpa toda nos jovens. Compreendo,
contudo, que esteja mais zangado com estes, porque na época da ditadura ele já era
vivo e adorava ter este direito que 68,6% dos portugueses desperdiçaram.
António Mestre,
13 anos, nº2, 7ºC
Eu
concordo com Miguel Sousa Tavares, pois os
estudantes muitas das vezes estão mais ligados às tecnologias do que
propriamente às coisas que acontecem fora das mesmas ou às histórias dos
antepassados.
Hoje em dia, os jovens
encontram-se fora dos assuntos, principalmente na área da política
e não se interessam pelos assuntos abordados. Mas, por outro lado, penso que ainda existe um pingo de gente que realmente
se interessa e quer saber dos problemas do mundo e também tem a necessidade e a
obrigação como bons cidadãos de irem eleger as melhores pessoas para
representar o país, a cidade…
Inês Rainho,
13 anos, nº12, 7ºB.
Geração Z:
eu não concordo com que Miguel Sousa Tavares disse sobre o Z em «Geração Z» (Z de Zero de interesse). Eu não acho que
todas as pessoas cuja idade é compreendida entre 18 e 24 anos devam
interessar-se pelas mesmas coisas. Se algumas pessoas gostam de ficar no
computador, ninguém pode dizer que são desinteressados…
História
e Música clássica: Miguel Sousa
Tavares argumenta que a «Geração Z» não tem interesse em História ou música
clássica. Na minha opinião, os jovens não deveriam gostar todos de História e
música clássica. Porque é que idolatram tanto História e música clássica? Qual
é o mal de uma pessoa gostar de outros tipos de áreas, como ciências ou
línguas, ou gostar de outros tipos de
músicas como rap ou ópera ou música pop?
Miguel
Sousa Tavares afirma que os jovens não leem jornais. Alguns jovens podem ver telenotícias e porque devem todos ler
jornais? Os jovens não se podem informar de outra forma? Talvez o comentador
ainda não tenha conhecido nenhum jovem que leia jornais e por isso que nenhum
lê jornais.
Beatriz Teixeira,
13 anos, 7ºB, nº3
Primeiramente,
Miguel Sousa Tavares diz-nos que a chamada «Geração Z» é uma geração com nenhum
interesse pelos livros, jornais, política internacional, história e música
clássica. Eu estou de acordo, pois o
conhecimento e a cultura são a base da comunicação numa sociedade bem
estruturada. O conhecimento é a
nossa arma mais forte. Seguidamente, o jornalista e comentador diz-nos que
os jovens são muito apáticos a tudo o que os rodeia. A meu ver, Miguel Sousa
Tavares está errado porque há muitos
jovens interessados na nossa cultura e inúmeros jovens estimulados pela
internet, onde também se podem abordar assuntos sérios. Depois, este
diz-nos que a campanha eleitoral devia ser dirigida aos jovens. Nesse caso,
concordo com o jornalista porque se um
assunto atraísse a mentalidade jovem, como a tecnologia ou a salvação do
planeta, mereceria mais empenho da «Geração Z».
Manuel Fernandes,
13 anos, 7ºC
Atividade do Professor Pedro Miranda
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