Numa indeterminada e super-tecnológica civilização do futuro, um regime totalitário determinado a garantir a “felicidade” dos seus súbditos proíbe severamente a posse e a leitura de livros; quem quer que seja apanhado na sua posse é preso, e os livros e a sua casa queimados pelos bombeiros, que, mais do que apagar, ateiam incêndios. O protagonista Montag, anteriormente um zeloso executor, começa gradualmente a acumular dúvidas sobre o seu trabalho. O cenário da obra de ficção-científica é muito invulgar: sem alienígenas ou naves espaciais, sem artefactos engenhosos ou armas mirabolantes... À morte da cultura corresponde, no romance, o triunfo da destruição, primeiro das mentes, e depois dos corpos. Ao contrário do que eu julgava antes de ler a obra, um romance não retrata necessariamente situações amorosas mas sim conflituosas. Considero então este romance muito bom, uma vez que o enredo é interessantíssimo. Simples e complexo, calmo e violento, esta obra provoca no leitor ...