Conto vencedor do 1º prémio para o Ensino Secundário
Uma luz na escuridão
A neve caía majestosamente, cobrindo os campos verdejantes que se reduziam à brancura imaculada dos inúmeros flocos de neve que continuamente se iam manifestando.
Ao longe, avistava-se uma rústica e humilde casa, onde viva Manuel, um menino franzino e solitário. Apesar de ter apenas 10 anos de idade, Manuel ansiava ser livre, conhecer o mundo!
Talvez o facto de ter uma infância difícil, deparando-se desde criança com a necessidade de trabalhar para se poder sustentar, o tenham feito imaginar um mundo fantástico, ao qual apenas ele tinha acesso.
Certa noite, enquanto se preparava para enfeitar a árvores de Natal, algo despertou a sua atenção.
Dominado pelo sonho, sentado junto à lareira olhava pela janela, fitando as estrelas. Era já frequente esta atitude evasiva e um tanto sonhadora por parte do menino, no entanto, naquela noite Manuel notara algo diferente. De todas as estrelas que iluminavam a escuridão e que assombravam o céu temeroso, havia uma que brilhava mais que as outras.E foi neste brilho que Manuel se perdeu, enfeitiçado pela beleza do corpo reluzente, abriu cuidadosamente a porta, saiu de casa e dirigiu-se para a cidade, como que iludido por sono profundo, do qual não conseguia acordar.
Na cidade tudo ganhara mais vida, as ruas encontravam-se magnificamente iluminadas, belos enfeites pendiam das janelas das casas e bem no centro da cidade, elevada num pedestal, estava a árvore mais fascinante que se podia imaginar. Curioso decide aproximar-se e, no momento em que se preparava para subir o pedestal uma suave melodia apodera-se dos seus sentidos, que a pouco e pouco iam ficando cada vez mais enfraquecidos, pois o cansaço impedia-o de prosseguir o caminho.
Imóvel junto da árvore, submerso num pranto de lágrimas, deixa-se emergir pelos flocos de neve que haviam tomado parte da sua dor.
À medida que o tempo ia passando e a esperança desvanecendo, Manuel temia pela sua vida.
De repente, ao longe, pareceu-lhe ver um vulto, que à medida que se ia aproximando ia ganhando rosto. Da sua face sobressaiam dois grandes olhos azuis e sobre as delicadas feições assentavam-lhe doirados e vigorosos caracóis. Pensou ser um anjo, que docilmente o embalava nos seus magros e ternos braços, até que sentiu uma mão vir calorosamente ao seu encontro. Ao silêncio e obscuridade da noite opunha-se agora a voz das crianças que caminhando lentamente, acabaram por chegar a casa. Manuel, espantado não cabia em si de tanto entusiasmo. Tudo lhe parecia tão confortável! A sala extremamente bem decorada, mas o que mais lhe chamou a atenção, para além da mesa repleta de deliciosas iguarias de Natal, foi ver uma família reunida à volta da lareira.
A mãe de Maria, pequena rapariga que se encontrava junto de Manuel, abraçou-os carinhosamente, convidando o menino a passar o Natal com eles.
Como era orfão, uma enorme felicidade apoderou-se do seu coração e, embora não tivesse proferido uma palavra, a ternura que irradiava dos seus olhos transmitiam perfeitamente a gratidão que sentia.
O Natal tinha de facto chegado e, com ele, trouxera a bondade e o melhor presente que Manuel podia desejar: uma família de verdade.
O céu já não era triste, nem a sua vida apagada, os sonhos haviam ganhado cor. Por fim, uma chama de amor reacendera para ele.
Catarina Gonçalves, 11.º C
Conto vencedor do 1º prémio para o 3º ciclo
Enquanto esperava pelas festas, Ana pensava em todos os calorosos e maravilhosos natais de quando era criança. Eram tempos mágicos que valia a pena recordar.
Contudo, reparava também que, à medida que ia ficando mais velha, as memórias desses natais eram menos vividas e foram-se transformando numa época triste e deprimente...até ao ano passado. Foi nessa data que ela recuperou a alegria que outrora tinha... mas da maneira oposta, em vez de receber... deu!
Todos os anos ela se cansava à procura de algo para oferecer à mãe, no Natal, uns sapatos, um casaco, um perfume... tudo prendas necessárias e interessantes mas que não diziam " amo-te" da maneira que deviam dizer.
Desta vez queria algo diferente, algo que ela recordasse para sempre, algo que lhe devolvesse o sorriso maravilhoso que lhe foi tirado desde a morte do seu marido.
Decidiu então tornar-se o seu Pai Natal Secreto!
Primeiro, Ana foi comprar várias prendinhas que sabia serem do agrado da mãe, embrulhou-as e colocou em cada uma delas um bilhete a dizer "Do seu Pai Natal Secreto".
No primeiro dia deixou uma prenda junto à porta da casa da mãe e, mais tarde, a mãe, felicíssima, ligou-lhe a dar as novidades.
No dia seguinte, a cena repetiu-se e quatro ou cinco dias depois, Ana foi a casa da mãe e o seu coração ia explodindo de alegria quando viu todas as suas prendas dispostas na mesa da cozinha e a mãe, também ela radiante, a mostrá-las aos vizinhos.
Telefonava-lhe todos os dias com notícias da nova prenda que recebera e, no último dia das prendas, o bilhete dizia algo diferente...convidava-a a vestir-se e a ir jantar a um restaurante local, mas com a condição de ser a filha a levá-la.
Chegada a noite, já no restaurante, a mãe chamou a filha à atenção para algum indivíduo que aparecesse de laço vermelho, já que dizia no bilhete que o tal Pai Natal Secreto viria assim vestido.
- Acho que o encontrei... - e foi em simultâneo com estas palavras que Ana tira o casaco e exibe, em frente dos olhos húmidos e comovidos da mãe, o seu gracioso e grande laço vermelho, E caíram assim, nos braços uma da outra. Que emoção!
A partir daquele momento, Ana percebeu o verdadeiro significado do Natal e o que é mais importante: dar e fazer as pessoas mais felizes.
Contudo, reparava também que, à medida que ia ficando mais velha, as memórias desses natais eram menos vividas e foram-se transformando numa época triste e deprimente...até ao ano passado. Foi nessa data que ela recuperou a alegria que outrora tinha... mas da maneira oposta, em vez de receber... deu!
Todos os anos ela se cansava à procura de algo para oferecer à mãe, no Natal, uns sapatos, um casaco, um perfume... tudo prendas necessárias e interessantes mas que não diziam " amo-te" da maneira que deviam dizer.
Desta vez queria algo diferente, algo que ela recordasse para sempre, algo que lhe devolvesse o sorriso maravilhoso que lhe foi tirado desde a morte do seu marido.
Decidiu então tornar-se o seu Pai Natal Secreto!
Primeiro, Ana foi comprar várias prendinhas que sabia serem do agrado da mãe, embrulhou-as e colocou em cada uma delas um bilhete a dizer "Do seu Pai Natal Secreto".
No primeiro dia deixou uma prenda junto à porta da casa da mãe e, mais tarde, a mãe, felicíssima, ligou-lhe a dar as novidades.
No dia seguinte, a cena repetiu-se e quatro ou cinco dias depois, Ana foi a casa da mãe e o seu coração ia explodindo de alegria quando viu todas as suas prendas dispostas na mesa da cozinha e a mãe, também ela radiante, a mostrá-las aos vizinhos.
Telefonava-lhe todos os dias com notícias da nova prenda que recebera e, no último dia das prendas, o bilhete dizia algo diferente...convidava-a a vestir-se e a ir jantar a um restaurante local, mas com a condição de ser a filha a levá-la.
Chegada a noite, já no restaurante, a mãe chamou a filha à atenção para algum indivíduo que aparecesse de laço vermelho, já que dizia no bilhete que o tal Pai Natal Secreto viria assim vestido.
- Acho que o encontrei... - e foi em simultâneo com estas palavras que Ana tira o casaco e exibe, em frente dos olhos húmidos e comovidos da mãe, o seu gracioso e grande laço vermelho, E caíram assim, nos braços uma da outra. Que emoção!
A partir daquele momento, Ana percebeu o verdadeiro significado do Natal e o que é mais importante: dar e fazer as pessoas mais felizes.
José Guedes 8.º E
Concurso Conto de Natal
CONCURSO -
Conto de Natal
A Biblioteca Escolar promove um
concurso de escrita de contos de natal, aberto a todos os alunos do 3º Ciclo e
Ensino Secundário que decidam aderir à iniciativa.
REGULAMENTO
- O
concurso decorrerá do dia 27 de novembro ao dia 17 de dezembro.
- Os
alunos interessados em participar no concurso, deverão entregar o conto ao
seu professor de português, até ao dia 15 de dezembro;
- Haverá dois prémios, um para o melhor conto do ensino básico e outro para o
melhor conto do ensino secundário.
Objetivos:
- Incentivar à
escrita de textos originais, sob a forma de conto, com qualidade literária e
conteúdo criativo.
- Dar
visibilidade à produção de textos dos nossos alunos.
Calendário:
O conto deve ter densidade, ser curto, claro e objetivo. Deve ser
desenvolvido de modo a abordar um só conflito, um só drama e uma só ação e
não se deve dedicar a pormenores secundários.
A noção de espaço, o lugar geográfico por onde as personagens
circulam, é sempre de âmbito restrito, circunscrito, limitado.
O tempo da ação deve ser breve, uma vez que o passado e o futuro
(meses e anos) não são relevantes. A trama passa-se em horas, ou
dias e toma a direção do desfecho rápido. Faz envolver poucas personagens.
Estrutura do conto: Apresentação |
Complicação ou evolução | Clímax | Solução ou desfecho.
Critérios de
avaliação dos trabalhos:
- Qualidade
literária [correção sintática e semântica] dos textos produzidos
- Criatividade
e originalidade [essência da forma e essência do conteúdo]
- Adequação ao
modelo narrativo [conto]
Será
constituído pelos Professores de Português – Adelaide Ferreira, Carla Néri, Fernando
Rento e Paula Cardoso e pela Professora Bibliotecária.
PRÉMIOS:
Será selecionado o melhor conto
em cada um dos níveis de ensino (3º Ciclo e Ensino Secundário) que se
enquadrem no espírito inspirador do concurso e preencham os critérios de
avaliação definidos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os trabalhos elaborados neste concurso ficarão na posse da Biblioteca
Escolar, podendo esta utilizá-los para qualquer fim tido por conveniente,
como, por exemplo, divulgar os melhores trabalhos no blogue da BE e no
jornal O Broas.
|
Comentários