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Leituras críticas - 8º C


Conto "A Estrela" de Vergílio Ferreira
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O conto que gostaria de partilhar convosco intitula-se “A Estrela" e foi escrito por Vergílio Ferreira.
Este conto relata a história simples e cativante de Pedro, uma criança de 7 anos que, um dia, à meia-noite, sobe ao alto de uma igreja, localizada no cimo de uma alta montanha, para roubar uma estrela ímpar. Não era uma estrela qualquer, era simplesmente a estrela mais bonita e brilhante do céu. Porém, o roubo é descoberto por um velho muito velho. Consequentemente, toda a aldeia se revolta contra aquele ato porque Pedro tinha roubado o património comum ou o património de todos.  Quando descobre a verdade, o pai de Pedro exige que ele reponha a estrela roubada no seu lugar originário. Contudo, as coisas não vão correr bem. De facto, ao restituir a estrela, noutro dia à meia-noite, perante toda a comunidade emocionada, Pedro cai da torre da igreja e morre.
Ainda hoje todos guardam na memória aquela estrela singular ou única e o comportamento de Pedro.
Gostei muito deste conto porque ele nos dá três grandes lições:
A primeira diz respeito ao sonho. A personagem Pedro representa todos os que se deixam influenciar pelo desejo de realizar o seu sonho. Não querem saber se o caminho vai ser longo e difícil para a sua concretização. Querem apenas transformar o sonho em realidade. A estrela que Pedro ambiciona corresponde aos nossos sonhos, no seu sentido mais amplo.
A segunda lição está relacionada com a atitude que devemos adotar quando o sonho parece ser isso mesmo, um sonho, e, portanto, difícil de concretizar. De facto, há ocasiões em que parece que perdemos a vontade de avançar, pois parece que tudo está a impedir-nos de contruir e de realizar os nossos sonhos. Também Pedro não via a estrela durante o dia. Tinha de esperar pela noite para poder vê-la e admirá-la. Além disso, a ânsia de ter a estrela fê-lo sujeitar-se a uma dura prova e a correr vários riscos. Pedro tem de sair de casa, à meia-noite, para chegar à igreja, situada no alto da montanha. Aí, é obrigado a atravessar inúmeros obstáculos, como a passagem difícil da torre ou o medo instintivo do escuro, do desconhecido e dos cheiros a coisas mortas. Depois, é a difícil subida da torre, até ao alto do campanário, para se empoleirar no cimo da rosa dos ventos. Como ele, vivemos momentos em que decidimos agarrar-nos a esse desejo e acabamos por tornar real o que antes era só um sonho.
A terceira lição de moral que este conto nos dá tem a ver com a ideia de que os sonhos muitas vezes nos “matam". Quantas histórias não ouvimos já de pessoas apaixonadas que morreram por amor? Em cidadania, temos falado sobre relatos de mulheres vítimas de violência doméstica pelos seus próprios maridos, aqueles a quem elas declararam o seu amor.
Estou também a lembrar-me daqueles que deram a sua vida na luta pelos direitos humanos. Por exemplo, Martin Luther King foi morto por defender os direitos dos negros nos E.U.A.
Apesar de terminar com a morte de Pedro, este conto ensinou-me a continuar a lutar pelos nossos sonhos, independentemente dos obstáculos que encontrarmos. Não podemos fraquejar! A vida é breve e temos de ser felizes enquanto estamos vivos.
Foi este estímulo e a lição que tirei deste conto que penso que todos devíamos ler.

Sara Lopes
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